Greve paralisa obras na Bahia e mobiliza mais de 22 mil trabalhadores da construção pesada

Os trabalhadores da construção pesada, representados pelo Sintepav-BA, iniciaram nesta quarta-feira (11) uma greve geral que afeta todo o estado da Bahia. A mobilização envolve mais de 22 mil profissionais e provoca a paralisação de obras fundamentais, com investimentos públicos e privados que ultrapassam R$ 25 bilhões.

Entre os projetos interrompidos estão trechos da BR-324, incluindo o trecho entre o Porto de Salvador e Valéria, serviços de tapa-buraco e importantes obras do VLT em Salvador, da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), barragens, consórcio Jaguaribe e o Projeto Mané Dendê.

A greve, que ocorrerá de forma progressiva em diversas cidades como Salvador, Ilhéus, Juazeiro e Lauro de Freitas, foi motivada pelo impasse nas negociações da campanha salarial 2025. O Sintepav-BA reivindica reajuste salarial, aumento do valor da cesta básica, implantação de plano de saúde, tabela salarial por função, aviso prévio indenizado, criação do Comitê da Diversidade para inclusão da mão de obra feminina e a implementação do café regional nos canteiros de obras.

Segundo o sindicato, esses pontos são essenciais para garantir melhores condições de trabalho, dignidade e igualdade para a categoria. O indicativo de greve foi aprovado por unanimidade em assembleia realizada no dia 6 de junho e formalizado no dia 7, respeitando os trâmites legais.

A paralisação seguirá por tempo indeterminado, enquanto o sindicato espera uma resposta efetiva do setor patronal, especialmente diante do momento favorável ao setor. Uma nova assembleia geral está marcada para terça-feira (17), às 7h, na Praça do Campo da Pólvora, em Nazaré, além das reuniões nas frentes de obras pelo estado.