Influenciadora com 200 mil seguidores é investigada por “sextorsão” e cobrança de até R$ 10 mil
Publicado em
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Salvador
Após acordo com o Ministério Público, bloco deverá excluir cláusula discriminatória do estatuto e garantir a participação de homens trans em seus desfiles.
Por: Salvador Notícias
Foto: Alfredo Filho/Secom PMS
O Afoxé Filhos de Gandhy firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), se comprometendo a garantir o direito de participação de homens transexuais em seus desfiles. A medida ocorre após o episódio de discriminação registrado no último Carnaval, quando associados da entidade receberam um comunicado interno informando que apenas homens cisgêneros poderiam integrar o cortejo.
A exclusão gerou ampla repercussão negativa, levando a diretoria da entidade a recuar publicamente da decisão ainda no mesmo dia. Em nota, o afoxé declarou estar aberto ao diálogo e à reflexão sobre a preservação de suas tradições em consonância com os debates contemporâneos da sociedade. Apesar da retratação, o MP-BA instaurou um inquérito para apurar possível prática de transfobia.
Segundo o Estatuto Social então vigente da entidade, apenas pessoas do sexo masculino cisgênero poderiam ingressar na associação, o que foi considerado discriminatório pelo Ministério Público. Com a assinatura do TAC, a cláusula deverá ser excluída formalmente do documento.
Além da alteração estatutária, o acordo firmado na última segunda-feira (30) estabelece que o Afoxé Filhos de Gandhy deverá publicar em seu site oficial e nas redes sociais uma nota pública afirmando que homens trans são bem-vindos no bloco.
Reconhecida como crime pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2019, a transfobia pode resultar em penas que variam de um a três anos de prisão, além de multa — podendo chegar a até cinco anos nos casos de ampla divulgação do ato discriminatório.
Como forma de reparação social, o afoxé se comprometeu ainda a doar R$ 10 mil ao Coletivo Mães da Resistência, entidade que atua na defesa de familiares de pessoas LGBTI+ vítimas de violência. Os recursos deverão ser direcionados a projetos voltados ao público transmasculino. Além disso, a associação será responsável pela confecção de até 400 camisetas destinadas ao Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Salvador
08/07/2025 10:35
Salvador
08/07/2025 09:30
Salvador
08/07/2025 09:25
Salvador
07/07/2025 13:15