Brasil e China selam acordo para aplicar IA no campo enquanto Trump mira aliados do Brics com tarifas

Brasil e China firmaram um acordo para aplicar inteligência artificial (IA) na agricultura, com foco na agricultura familiar. O projeto prevê a criação de um laboratório conjunto entre o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e a Universidade Agrícola da China. Os valores da parceria não foram divulgados.

Segundo o diretor do Insa, José Etham Barbosa, o objetivo é integrar IA a equipamentos de uso comum em pequenas propriedades, para melhorar o monitoramento ambiental e a análise do solo em regiões semiáridas — como o Sertão nordestino, onde vivem cerca de 22 milhões de pessoas.

A iniciativa foi discutida em Brasília por representantes dos dois países, incluindo a ministra brasileira Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e o vice-ministro chinês Lin Xin.

A China já é o maior parceiro comercial do Brasil no agronegócio, responsável por 75% das importações chinesas de soja em 2024.

Trump ameaça Brics e impõe novas tarifas

No domingo (6), o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou aplicar uma tarifa de 10% a países que apoiarem “políticas antiamericanas do Brics”. A declaração foi feita na rede Truth Social, sem especificar quais seriam essas políticas. Segundo autoridades americanas, não há decreto formal até o momento.

Horas antes, o Brics divulgou a “Declaração do Rio de Janeiro”, defendendo o multilateralismo, sem citar diretamente os EUA.

Novas tarifas contra Japão e Coreia do Sul

Na segunda-feira (7), Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre todos os produtos do Japão e da Coreia do Sul, a partir de 1º de agosto de 2025. A medida visa forçar acordos comerciais com os EUA.

Trump também aplicou tarifas a outros países: África do Sul (30%), Cazaquistão (25%), Laos (40%), Malásia (25%) e Myanmar (40%). Segundo ele, empresas que se instalarem nos EUA ficarão isentas dessas cobranças.