Greve dos professores em Salvador completa 30 dias com mais de 130 escolas paralisadas

A paralisação dos professores da rede municipal de Salvador chega a 30 dias nesta quarta-feira (4), com 138 escolas totalmente sem aulas e 189 funcionando parcialmente. Ao todo, mais de 131 mil estudantes seguem impactados.

A greve foi iniciada em 6 de maio após a rejeição de um reajuste salarial de 4% proposto pela prefeitura. A categoria, representada pela APLB-Sindicato, reivindica o pagamento integral do piso nacional do magistério, fixado pelo Ministério da Educação em R$ 4.867,77. Segundo o sindicato, há uma defasagem de mais de 58%.

Além do reajuste, os profissionais também exigem melhores condições de trabalho, como climatização das salas de aula, fornecimento de materiais pedagógicos e valorização profissional.

A prefeitura de Salvador afirma que mais de 90% dos professores já recebem acima do piso, considerando gratificações fixas e permanentes de 45% incorporadas ao salário. O prefeito Bruno Reis sustenta que apenas cerca de 800 dos 10 mil professores estariam abaixo do valor estipulado, e que os reajustes aprovados são os maiores entre as capitais brasileiras — variando de 6,27% a 9,25% para o magistério.

Mesmo após decisões do Tribunal de Justiça da Bahia que determinaram a suspensão da greve e impuseram multas diárias que chegaram a R$ 100 mil, a paralisação foi mantida. O impasse permanece sem solução e sem previsão de encerramento.